terça-feira, 19 de maio de 2009

Pela Bola 7


Esse é um conto que contei várias vezes, já fiz adaptações para cinema e teatro, mas por enquanto continuo a contar do meu jeito, como jogo sinuca com as 15 bolas, sendo que a negra "8" se joga por último, adaptei esse conto para o nome "Pela Bola 8".

Esse foi um conto que contei em diversos lugares e vários amigos ou espectadores que vão se lembrar dele:

Bereco era uma cara do devagar, não queria nada com o batente, seu negócio era sinuca, nisso ele era cobra. De taco na mão fazia embaixada, conhecia os trambiques do jogo, sabe como é o lance? Sempre tem um panaca pra desconhecer o nome do mandarim e o Bereco ajudava, se vestia com um Zé Mané qualquer, neca de beca tranchana, isso espanta o lóque, o babado era se fazer de besta, tira onda de operário trouxa, desses que dá um duro de sol a sol, se forra de prato-feito e na folga vai fazer marola em buteco. Assim Bereco ia remando seu barco em maré mansa, porém, como sempre tem um porém, como num dá pro nego tocar fogo no mar pra comer peixe frito, tem que botar pra quebrar e o Bereco ia firme, um pato atrás do outro ia sendo depenado, que nas paqueras da vida é cada um pra , mas chegou o dia da virada. Era dia de pagamento, lá pras bandas de Cubatão, e o Bereco se picou pra lá, encostou num buteco da região e volta e meia tirava um naco de dinheiro pra pagar uma coca-cola, era milonga. Não demorou muito foi baixando a freguesia, tudo de capacete de lata, trabalhadores da refinaria, a batota tava contentona tudo com dinheiro no bolso. Não demorou muito um capacete de lata mais assanhado cresceu o olho no dinheiro do Bereco e quis saber:

-Vamos jogar cumpadre?

Bereco não deu pala.

- Jogo nada.

Capacete de lata insistiu.

- Só de brincadeira.

Bereco deixou andar.

-Se é de brinquedo, vamos lá...

E começou o jogo, os primeiros reias, os segundos e os terceiros o Bereco empurrou pro trouxa e se fez de bronqueado, partiram pro cinquenta, cem, duzentos reais, o Capacete de Lata só ganhando, derrepente o Bereco selou:

-Ou tudo ou nada, milão na caçapa.

O Capacete de Lata nem balançou, era seu bilhete premiado.

-Milão na caçapa.

E começou o jogo, o Bereco não embocava, só colhia as mancadas do Capacete de Lata, se não ia ficar escraxado o perereco, se o bruto errava ele errava também e se encaçapava ele ia firme, e nessa catimba o jogo foi comprido pacas. Enfim, chegaram na 8, o jogo estava por ela, o Bereco folgado, muito a vontade encostou a negra na parede, era a vez do Capacete de Lata. O Capacete de lata nervoso tremia, suava, começou a pensar que tinha em casa mulher, filho, rango, escola, remédios e oscambaus, pensou no que ía dizer pra mulher... E com a cabeça cheia de minhocas deu na cara da bola uma chapada, sentiu o alívio, pelo menos acertou a bola, mas quando as duas pararam, a branca estava no meio da mesa e a oito na mira, ninguém, por mais cego que fosse errava aquela bola, e o Bereco sorriu, deu a volta na mesa devagar, bem devagarinho, enrustindo jogo, passou o giz no taco devagar e se ajeitou. Viu a branca o 8 e a caçapa, atrás da caçapa um revólver 45, quis saber:

-Que isso cumpadre?

O Capacete de Lata babou, resmungou e falou:

-Se enfiar essa bola eu te mato.

O Bereco logo viu que era jura, se fechou em copas, deu de esguelha na bola, elas bateram e bateram, quando pararam estavam na beira da caçapa, as duas coladas na berba. O Capacete de Lata guardou o revólver, a raiva e tudo, foi de cabeça. Bimba... As duas mergulharam juntas. O Capacete de Lata estava tão embaixo que não dava pra pegar a arma e aprontar um salseiro, só deu um lamento:

-Tenho quatro bacuris.

O Bereco fez que não escutou, recolheu a grana e saiu de fininho, o Capacete de Lata saiu logo atrás, passou um tempo e veio o estouro...

Meio mundo foi ver as rebarbas, no meio da rua o Capacete de Lata estava estarrado, tinha a arma na mão e um furo na orelha, se apagou.
Texto de Plinio Marcos

terça-feira, 12 de maio de 2009

Oprimido de Corpo e Alma


oprimir[Do lat. opprimere.] Verbo transitivo direto. 1.Causar opressão a; carregar ou sobrecarregar com peso. 2.Apertar, comprimir: Desalentado, oprimia a cabeça entre as mãos. 3.Causar opressão, prostração a; afligir: A triste cena oprimia-o. 4.Exercer pressão sobre; tiranizar: O domínio inimigo oprimia a população;“E que é que fiz, Senhor? que torvo crime / Eu cometi jamais que assim me oprime / Teu gládio vingador?!” (Castro Alves, Obra Completa, p. 292). 5.Exercer violência contra; violentar, forçar, coagir. 6.Vexar, humilhar: Firmando-se no poder, oprimia fracos e desamparados. 7.Esmagar; aniquilar. 8.Impor ônus ou obrigação a; onerar. 9.Apoquentar, importunar. Verbo intransitivo. 10.Causar opressão: “O Visconde de ***.... apareceu-me, um momento, como o símbolo da generosidade que oprime, do favor que escraviza, da gratidão que vexa.” (Júlio Dantas, Espadas e Rosas, p. 127.) [Part.: oprimido, opresso.]

oprimido[Part. de oprimir.] Adjetivo. 1.Que sofre opressão; vexado, humilhado, opresso: povo oprimido. Substantivo masculino. 2.Indivíduo oprimido.

opressor(ô) [Do lat. oppressore.] Adjetivo. 1.Que oprime ou serve para oprimir; opressivo, oprimente. Substantivo masculino. 2.Aquele que oprime; tirano.

Estes significados foram tirados do dicionário Aurélio, mas creio que não era necessário pois todo homem oprime e é oprimido durante a sua vida. O título desse texto é uma frase usada por Plínio Marcos no texto "Inútil Canto e Inútil Pranto Pelos Anjos Caídos" onde ele narra a história de 25 homens esmagados, espremidos e empilhados num imundo cubículo onde mal caberiam 5 pessoas, junto com eles o ódio, a dor, a doença e a raiva do sistema, eles nada sabiam... Plínio termina esse texto com esse cubículo pegando fogo e o cheiro doce da carne humana e mais, esses 25 homens eram anjos caídos.
Eu já estive em um presidio, mas apenas pesquisando e pude ver nos olhos daqueles que lá estavam o ódio e a fúria que sentiam, é óbvio que ao saírem dali a grande maioria iria fazer e acontecer sem dó nem piedade. Este texto não é pra discutir o sistema carcerário e sim as nossas experiências com a policia brasileira, quem nunca foi oprimido por esses caras que se julgam autoridade?
Acho que em toda minha vida já fui abordado umas 20 vezes, tudo bem rotulam à tudo e a todos essa é uma mania burguesa que vem nos acompanhando ao longo da história. Contarei duas experiências, se não teria que criar um outro blog só para isto.
Já estive 3 vezes em Assunção PY, e quando retorno a Campo Grande MS, um problema se repete: o ónibus cometa del amambay sai um horário de Assunção em que a imigração na fronteira esta fechada, portanto um funcionário do ónibus entrega uma ficha para que seja cadastrada a sua saída do país, a primeira vez foi assim. Depois de algum tempo fui convidado a retornar à Assunção através do festival CEPATE, abro um parênteses para dizer que é um ótimo festival, voltando ao assunto ao chegar na fronteira de Ponta Porã BR com Pero Juan Cabalero se deu o tal problema: eu não sei se a empresa não entrega o tal formulário que cadastra a saída ou se a imigração não o faz, o fato é que você é obrigado a descer do ónibus, pode também entrar de maneira ilegal com a empresa lavando as mãos sobre o caso ou pagar uma taxa um pouco alta para quem trabalha com arte e esta indo trabalhar. Desci para tentar resolver, tentativa em vão, voltei ao ónibus e minhas coisas já estavam todas na rua, minhas coisas a dos meus dois colegas e todo o cenário do espetáculo. Convenhamos as 24 horas não é nada agradável estar na fronteira, então combinamos assim: meus dois colegas iriam juntos atrás de um hotel, iriam juntos pelo perigo da fronteira e eu ficaria com todas as nossas coisas na frente da delegacia de Ponta Porã, na frente da delegacia eu estaria protegido e seguro. O cheiro estava horrível acho que tinha estourado algum cano ou algum esgoto estava exposto, eis que surge um policial, vou tentar ser o mais fiel no dialogo de mão única, mas levem em consideração o tom que tais autoridades sempre colocam em sua voz:
Policial - O que você ta fazendo aí?
Eu - É que...
Policial - o que essa porra ta fazendo aqui na frente?
Eu (bem rápido, num fôlego só) - é o cenário de uma peça de teatro, eu tive que descer do ónibus porque a imigração paraguaia não deu baixa a última vez que saí do país e agora eu não posso entrar.
Policial - Eu não tenho nada a ver com isso, então você esta na mão desses filhos da puta e essa merda aqui na frente ta fedendo.
Eu - Não...
Policial - Você tem 5 minutos pra tirar essa merda daqui!
Eu - Mas aonde eu coloco?
Policial - Em qualquer lugar, mas tira logo daqui!
Então ele fechou a porta, pra piorar começou a chover, eram umas 5 caixas, 3 malas e mais uma cama de patente, mas a raiva nos deixa forte e antes de acabar o meu tempo eu já tinha retirado tudo, estava tudo do outro lado da rua, estava com raiva, triste, cansado...
A outra experiência que vou narrar foi a pouco mais de um mês, já havia mudado para São Paulo mais tinha trabalho em Campo Grande MS e lá fui eu realizar quatro apresentações como o dinheiro das apresentações não pagavam a minha volta resolvi voltar de moto, a minha suzuki 125 veio lotada de bagagem e eu cheio de alegria, não via a hora de chegar em São Paulo e encontrar minha linda que já estava há 20 dias sem mim. Estava chegando, faltavam só 200 Km, olho a minha esquerda e lá estão eles pedindo para eu encostar. Parei a moto, estava calmo, tranquilo e acostumado, fizeram aquele bando de perguntas, respondi a todas e então começaram a geral, aí que se deu a falta de respeito, falta de respeito geral, jogaram na rodovia todas as minhas coisas, ali estavam espalhadas as minhas cuecas, as calcinhas da minha mulher, objetos sem muito valor para eles mas de profundo sentimento para mim, dentre esses objetos todo o figurino do meu palhaço, não respeitam o ser humano e rotulam a tudo e a todos pelo seu ranço cultural.

Policial - Ah... você é palhaço? E faz mágica também? Cadê a droga?

Eu - Não tenho nada.

Policial - E isso aqui? Se raspar ainda da pra fumar.

Era um dichavador que minha mulher ganhou do melhor amigo e eu estava levando pra ela, expliquei isso e perguntei:

Eu - O que vai acontecer agora?

Policial - Vamos ter que te levar pra delegacia.

Olhei todas as minhas coisas no chão e vacilei:

Eu - Eu fico triste.

Policial - Triste em ir pra delegacia?

Eu - Não, triste em ver todas as minhas coisas, coisas que amo jogadas no asfalto.

Acho que perceberam que eu não tinha dinheiro, pois falei da minha situação, falei porque estava indo de moto, então me liberaram e eu quase que em camêra lenta fui recolhendo as minhas coisas e as lágrimas escorrendo dos meus olhos.



E você já teve alguma experiência, onde você foi oprimido de corpo e alma pelos "homens da lei"?

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Plínio Marcos "Artista Marginal"


Autor santista que foi estivador, jogador de futebol, camelô, palhaço Frajola, que sequer concluíra o primário, é o protagonista do único acontecimento da cultura brasileira comparável ao surgimento de Machado de Assis.
Porém a enorme diferença entre os tempos que separam Machado de Plínio Marcos produziu marcas no gênio dos dois artistas: se para Machado foi possível tornar-se o narrador cáustico de uma sociedade carioca a qual se alçara pelo mérito de seu intelecto, encarnando o milagre da ascensão social em um país de escravos, para Plínio essa saída não existiu. E talvez seja para neutralizar essa marca viva, incômoda, da existência sem capitulação de Plínio Marcos, que ainda hoje alguns o chamam "artista marginal", quando deveriam chamá-lo artista autêntico.
Um tempo mau. Foi assim que Plínio registrou as décadas de sessenta e setenta, quando ele escreveu as obras que o consagraram. Um tempo marcado pela ditadura política e pela repressão militar.
Escritor cujas personagens não têm propósito revolucionário, nem a encantadora ingenuidade dos malandros conhecidos até então; os malandros de Nelson Rodrigues, Guarnieri e Ariano Suassuana. Antes, revelavam um rancor e um ressentimento nunca vistos na dramaturgia brasileira, personagens habitantes de um estranho mundo de desocupados, bandidos, prostitutas, homossexuais, que na avaliação de Décio de Almeida Prado, não se constituíam propriamente nem povo, nem proletariado. Personagens habitantes de um mundo subterrâneo em plena ditadura. Mas que em geral, não sonhavam com a liberdade, nem tinham consciência de uma engrenagem política a esmagá-los.
Sonia Regina Guerra comenta que desprovidas de consciência política, as personagens de Plínio terminam, mesmo assim, por subverter todo o esquema do teatro esquerdizante em voga nos anos sessenta e setenta. Suas personagens não trazem nenhuma mensagem otimista ou positiva, no sentido de que fosse possível guardar alguma esperança de mudança do quadro social, mesmo que em um futuro próximo ou remoto. Seu único idealismo, afirma Sônia, é subsistir, “seja como for, sem solidariedade de classe e sem confiança no próximo. Suas personagens debatem-se num mundo que não oferece nenhum vislumbre de redenção, envolvidas em situações mesquinhas e sórdidas, onde a luta pela sobrevivência e pelo dinheiro não tem a menor dignidade e, via de regra, enveredam para a marginalidade mais violenta para atingir seus objetivos”, completa a pesquisadora.
Ronaldo Lima Lins refere-se a Plínio como um Górki brasileiro, alguém que traz a ralé dentro de si, e por esse motivo resolveu o problema da autenticidade de suas personagens.
Há uma dor e uma angústia terríveis dentro de cada personagem de Plínio. É certo que tais desconfortos são nitidamente resultantes da condição social em que se encontram.
Mas não podem ser apenas isso. Décio de Almeida Prado, quando analisou o fenômeno em que Plínio transformou-se na segunda metade dos anos sessenta, disse que os textos atribuíam ao social apenas a função de pano de fundo, ou seja, de fábula, de história, de trama, concentrando-se nos conflitos interindividuais, forçosamente psicológicos.
“Sábato Magaldi, por sua vez, em uma das muitas análises que fez da obra do Plínio, afirmou que ela quebrava as últimas convenções do nosso palco e definia um novo momento em nossa dramaturgia”.
Plínio vai perseguir em sua dramaturgia a compreensão do problema ético fundamental, qual seja, a existência do mal, tanto no indivíduo quanto na sociedade. E esse é um problema que deita raízes na mais longínqua e escura noite da história.

Um Palhaço Que Perdeu a Graça


Estou morando em São Paulo há 2 meses e como todos sabem estamos em crise, uma bosta, se era difícil o artista encontrar algum espaço, agora mais do que nunca o artista tem que ir à luta e o palhaço Manu foi, pra defender um ganho o palhaço vendeu o seu talento para o semáforo da Joaquina Ramalho, Vila Guilherme, Zona Norte de São Paulo.
Ao fechar o semáforo lá estava ele com suas artimanhas, truques e malabares... Assim o palhaço Manu ía garantindo o da feira, a ração de suas filhas e o transporte para sua mulher ir a uma entrevista de emprego. E o calor que se foda, o risco do atropelo que se dane, o importante é aguentar o trampo, em duas horas o palhaço fazia vinte reais, é pouco mas ajuda.
O que mais deixa o palhaço feliz é a resposta do seu público, ora um aceno, ora um cumprimento, ora um sorriso... Assim o trampo vai ficando leve e as horas passam rapido, mas esse dia o palhaço ficou murcho, ficou jururu e aquelas duas horas pesaram uma tonelada em suas costas, ele sentiu o seu suor escorrendo no asfalto e milhares de pensamentos invadindo a sua mente. A resposta do seu público veio de forma dolorida, um vidro se fechou em sua cara e ele viu o seu reflexo, o seu suor e o seu pensamento. - sou um artista e não um ladrão, sou um palhaço em busca da minha autentica expressão, estou trabalhando e não pedindo esmolas. E ele voltou pra casa mais cedo, talvez pelo vidro que se fechou, talvez pelos milhares de pensamentos ou medo de ser mais um palhaço sem alma.

domingo, 10 de maio de 2009

TEMOS VAGAS PARA SONHADORES


Esta é uma obra que pintei em 2007, a pesquisa esta baseada no muralismo mexicano, onde o artista se utiliza de cores vibrantes e situações do cotidiano onde ele faz uma denuncia e uma crítica social.

O Que Faz o Homem Mal?


A sociedade faz o homem ficar mal, mas ele só fica porque ele já é mal por natureza. E qual é essa natureza? Será que quando nascemos já esta definido? - Este vai ser bom, um grande homem! -Aquele nem Deus da jeito é só maldade! Acho que não... acho que todos nascemos como um chip virgem, neutro, as codificações são feitas no dia a dia, na experência da vida que determina a nossa historia pessoal.
Hoje assisti dois filmes e é sobre eles, sobre o conteúdo deles que quero dialogar, os filmes são "Querô" e "Ultima Parada 174", ambos mostram o ser humano esmagado, expremido e sem perspectivas. Querô uma ótima historia do autor Plinio Marcos, na minha opinião o filme ficou muito aquem da historia original faltou o principal, faltou a alquimia pliniana, a personagem Querô não me mostrou toda a carga que recebeu ao nascer e nas andanças encardidas onde transitou, sem falar em algumas soluções que o diretor escolheu, na minha opinião ele pegou o caminho mais fácil, diferente da soluções encontrada por Bruno Barreto no filme Ultima Parada 174, que é a historia do onibus que foi tomado por um perigoso bandido, acompanhando pela mídia cidadões de "bem", cidadãos "contribuintes" queriam ele morto, mal sabiam que ele era mais um entre milhares de meninos que não tiveram escolha, que tiveram que fazer e acontecer e que pra eles pouco importa as consequencias, pra quem nasce cagado de arara, fazer um ganho não tem limites e geralmente é pela força bruta. O filme 174 é brilhante, o que sentimos? Compaixão? Amor? Afinal é mais um ser humano...